A cirurgia de próstata pode produzir incontinência urinária transitória em alguns pacientes. Este problema é relativamente comum. Pelas estatísticas, em 75% dos casos é decorrente da presença de uma alteração na bexiga, já existente previamente ou de surgimento recente. Algumas vezes os casos podem ser complicados pela presença concomitante de infecção urinária. A incidência de incontinência urinária definitiva é rara (menor que 5% dos casos operados). Na maioria das vezes o quadro pode ser controlado com medicamentos, controle da ingestão hídrica e exercícios para reforçar os músculos do períneo. Muitas vezes o quadro regride espontaneamente sem necessidade de intervenções. Todavia, não é possível afirmar qual é a melhor solução para o seu caso sem examiná-lo. Procure o seu urologista para obter maiores esclarecimentos.
O PSA pode aumentar a estes níveis no câncer de próstata e na prostatite crônica. Quando o toque retal é normal e a biópsia é negativa, está indicada a repetição da biópsia com sedação para que seja aumentado o número de fragmentos para análise (em alguns casos até 20 fragmentos). Também é indicado fazer biópsia de uma região da próstata chamada zona de transição. Nesta área da próstata é incomum surgir câncer, porém, quando ocorre, o PSA eleva-se a níveis maiores que os habituais. Apesar disso, a possibilidade de cura com um tratamento adequado ainda existe. Há casos em que o diagnóstico é difícil e a única saída que resta ao paciente e ao médico é a repetição da biópsia de próstata periodicamente (cada quatro meses). Na prostatite crônica o PSA pode elevar-se rapidamente. Todavia, após tratamento prolongado (30 a 60 dias) com antibióticos adequados, os níveis devem se normalizar. O seu caso parece ter evolução incomum, uma vez que aos 44 anos o senhor já estava realizando exames de PSA. Há dez anos o conhecimento sobre o significado das elevações de PSA não era como o de hoje. Também, as técnicas de dosagem do PSA evoluíram nesse tempo. Não é possível fazer uma avaliação correta do seu caso sem conhecer todos os detalhes da evolução e sem examiná-lo. Procure um TiSBU para obter maiores esclarecimentos.
A dificuldade de ereção que ocorre após a prostatectomia radical pode melhorar com o tempo. Por isso, até um ano após a cirurgia, os TiSBU geralmente recomendam medidas mais simples como medicamentos administrados por via oral, injeções intracavernosas e próteses à vácuo. É importante, durante esse tempo, que o paciente tente ter relações frequentemente, pois há indícios de que esta atitude acelera a melhora da disfunção erétil. Se o problema persiste após um ano, geralmente recomenda-se a cirurgia de implante de prótese peniana. Existem vários tipos e modelos de próteses e você pode discutir as vantagens e desvantagens de cada uma com seu TiSBU. Em casos onde o paciente já apresentava alguma alteração na função sexual antes da prostatectomia radical, ou naqueles em que houve necessidade de se remover os nervos da ereção, algumas etapas podem ser puladas e a cirurgia de prótese pode ser recomendada antes. Encontra-se em fase experimental uma pesquisa para reconstrução do nervo da ereção, utilizando-se fibras nervosas do tornozelo do paciente.
Alguns fatores podem influenciar a resposta ao tratamento, tornando a resposta do PSA mais rápida ou mais lenta. O estágio da doença no início do tratamento é importante, assim como o uso concomitante de medicamentos que fazem bloqueio hormonal pré-tratamento. Mas, de um modo geral, o PSA começa a diminuir após 60 dias do término da braquiterapia. Essa queda do PSA pode ocorrer gradativamente até 18 meses após a braquiterapia. Nem sempre o valor de PSA chega a níveis menores que 1 ng/dl.
A hiperplasia benigna de próstata exige tratamento apenas quando o paciente tem dificuldade para urinar. No seu caso, teoricamente, não há necessidade de tratamento algum. Há medicamentos que podem reduzir o tamanho da próstata. No entanto, não existe garantia de que o uso deste medicamento possa evitar complicações (cirurgia, por exemplo) futuras. O assunto é controverso e pesquisas estão sendo conduzidas para avaliar essa possibilidade. No entanto, alguns médicos têm sugerido manter o tratamento com finasteride, um dos medicamentos que reduz o tamanho da próstata, desde que o paciente aceite arcar com os custos e com a dúvida se está ou não prevenindo complicações.
O toque retal é necessário, pois existem casos em que o PSA e a ultrassonografia não são suficientes para o diagnóstico de câncer de próstata.